Digo isto, para começar a explicar o conceito de tempo de exposição.
Já conhecemos que existem filmes que podem ser mais ou menos sensíveis à luz, assim como sensores podem ser ajustados para serem mais ou menos sensíveis.
Se a sensibilidade já é conhecida, já foi ajustada, agora devemos saber, por quanto tempo a luz deve incidir sobre o sensor para que este consiga gravar a luz que está sobre ele. As câmeras, quando em modo automático, podem fazer isto automaticamente, então pra que eu preciso saber disto?
Um dos motivos, é saber que um tempo maior de exposição, requer que o objeto esteja parado por todo este tempo, assim como a câmera, que, se estiver na mão do fotógrafo, este deve permanecer totalmente imóvel por todo o período.
Outro, é que, em caso de fotos escuras, seja por interpretação errada do sistema automático da câmera, seja porque você quer utilizar o modo manual, podem ser modificadas alterando o tempo de exposição.
Nas fotos exemplificando o funcionamento do IS da Canon SX10, coloquei 2 fotos. Em uma, a foto ficou nítida, na outra, não. Nesta segunda, a imagem ficou tremida, prejudicada, não só pelo desligamento do IS, mas também devido ao tempo de exposição muito alto.
Nesta foto, o tempo de exposição foi de 1/3 de segundo, ou seja, por 333 milésimos de segundo o sensor ficou exposto à luz para que gravasse a imagem. Dificilmente conseguimos ficar totalmente imóveis. A postura, a maneira que você segura a câmera, se está em pé, sentado, deitado, tudo influi.
Neste caso, fechei as cortinas e apaguei as luzes. Havia apenas um pouco de luz do sol entrando no ambiente, por isso, a câmera necessitou de tanto tempo para registrar.
Mas, e se fosse um objeto que estivesse em movimento?? Na foto abaixo, o registro do movimento do ponteiro do relógio:
Nesta foto, foram 10 segundos capturando esta imagem, o ponteiro, por ter tinta reflexiva, emite um brilho maior, que fica registrado. O ponteiro dos segundos, deixou um rastro (os pequenos triângulos), o dos minutos, deslocou levemente, e o das horas, praticamente não se nota movimento.
Mas, para isto, a câmera precisou ficar sobre um tripé (qualquer outra superfície fixa serve) usei o temporizador para disparar (mesmo o movimento de tirar o dedo do botão de disparo treme a câmera).
Os tempos de exposição, em câmeras comuns, variam entre 15 segundos, até tempos mais rápidos, de 1/2000 segundos (0,0005s.). Estes tempos, abaixo de 1 segundo, são representados por frações, então 1/10 é maior que 1/1000, as vezes, algumas câmeras apresentam valores de 10, 40, 1000, para representar tempos de 1/10, 1/40, e 1/1000 respectivamente, para tempos acima de 1 segundo, representa-se com 1", 2", 2,3", etc. Com câmeras sem estabilizador de imagem, segurando na mão, eu dificilmente conseguia boas fotos com tempos maiores que 1/40. Com estabilizador, eu já consegui fotos com 1/3, mas são difíceis, geralmente coloca-se a câmera e os braços próximos ao corpo, e prende-se a respiração.
Então, quando for tirar fotos daquela corrida de kart, no final da tarde, ao ver que a câmera ajustou a velocidade para 1" (representa 1 segundo), nem perca tempo! Tente aumentar o ISO da câmera, achar um ponto da pista mais iluminado, e tente novamente. Objetos em movimento assim, normalmente pracisam de 1/100 de segundo para um registro legal.
Abertura de diafragma:
Primeiro! O que é diafragma?
Diafragma, é o conjunto de lâminas existente na objetiva da câmera (conjunto de lentes) que controla a quantidade de luz que entra.
Então, até agora surge o terceiro conceito sobre luz na fotografia:
Quantidade de luz, controlado pelo diafragma.
Tempo que a luz incide no sensor, controlado pelo temporizador.
Sensibilidade a luz, controlado pelo ISO.
Assim como o tempo, a abertura é identificada por uma fração, escrita de uma forma "estranha"
f/1.8, f/4, f/22, etc.
Estes valores, variam muito, de acordo com a lente que a câmera utiliza, e geralmente está escrito na frente da lente da câmera.
Dizer que a abertura é f/1.8, é dizer que o diafragma abriu mais (deixou passar mais luz) que quando a abertura é f/8, por exemplo, então, números maiores = aberturas menores! (Veja na imagem acima)
Então, quando você tem controle sobre a abertura, pode usar este quesito para controlar as condições da foto. Por exemplo, quando se está em um ambiente mais escuro, pode-se usar aberturas maiores, assim, conseguimos usar um ISO e um tempo de exposição menor.
Mas, a abertura faz só isso?
Só isso não. A abertura controla também o DOF (Depth of Field) ou Profundidade de Campo.
O DOF é um recurso interessante, representa a parte da imagem que ficará focada.
Com aberturas maiores, o DOF é mais curto, ou seja, uma área menor estará no campo de foco, e o resto, fora de foco. É muito usado, quando se quer desfocar o fundo da imagem.
Com aberturas menores, o DOF é maior, podendo ocorrer que quase toda a imagem fique focada.
Vamos aos exemplos:
Nas fotos, nota-se a diferença, na primeira, o objeto principal está focado, enquanto o fundo, totalmente desfocado, já na última o foco atinge quase que totalmente a cena.
Com esses conceitos básicos, uma câmera com alguns ajustes manuais, muitas fotos para treinar, e muita paciência, algumas belas fotos já podem ser tiradas.
Ola!
ResponderExcluirMuito bom seu post, é tudo que eu queria aber! Obrigada!
está ótimo, parabéns!
ResponderExcluirola
ResponderExcluira foto com abertura F/4 foi tirada em que ISO e em que velocidade do obturador ?
abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirObrigado pelos comentários!
A foto em f/4 foi tirada em ISO 800 e 1/60s.
Abraço.
Adorei!
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