Pesquisar este blog

quarta-feira, 26 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Macro testes

Olá!
Faz tempo que não sai nada aqui, então tá na hora de tirar o pó e movimentar um pouco.

Bom... já falei sobre macro e mostrei exemplos, mas... o que comprar para fazer macro?

No caso das compactas, não há muita solução, pois a câmera não suporta troca de lentes e colocação de filtros. Mas, se a câmera permite, então a gama de opção são grandes.

No caso das Ultrazoom, Prossumer, etc. como a Canon SX10, estas suportam filtros que podem ser instalados na frente da lente da câmera. Como estes abaixo, que são os que eu possuo e usei alguns neste teste.

Filtros para macro, são chamados de CLOSE-UP, e seu poder de magnificação é dado pelo número de dioptrias, sendo escrito como +1, +2, +4, +8, etc. Sendo o maior número, o que possibilita maior ampliação.

Estes filtros, são rosqueados na frente da objetiva da câmera, quando esta possui rosca, e deve-se atentar para o tamanho desta rosca quando comprar o filtro. No caso do filtro Raynox (maior, a esquerda), este possui um adaptador que se encaixa em qualquer tamanho entre 52 e 67 mm.
Estes filtros permitem com que a câmera consiga focar objetos mais próximos da objetiva, se comparado com a distância mínima de foco sem o filtro. Principalmente quando se utiliza o zoom da câmera.
Por exemplo, com a T2i, e a lente 55-250IS, a distância mínima que a câmera consegue focar é 1,1 m. Quando usada esta mesma lente, com a Raynox, esta distância cai para 15 cm. Ou seja, além da ampliação que o filtro possui, ele permite chegar mais perto, e usar todo o zoom da câmera, o que traz ampliações incríveis.
Porém, existem diversas marcas de filtros, assim como algumas opções de dioptrias, os meus, custam em média uns R$ 20,00 o filtro +10, uns R$ 40,00 o kit +1,+2,+4, e uns R$ 130,00 uma Raynox DCR-250.
Mantendo a polítida do ver para crer, uns testes:

T2i + 18-55 em modo normal, distância mínima para conseguir focar: 25cm
                   

T2i + 18-55 + Close-up +4

T2i + 18-55 + Close-up +10

T2i + 18-55 + Raynox DCR 250

55-250 em 135mm + Close-UP +4:

55-250 em 250mm + Close-UP +4:

55-250 em 135mm + Close-UP +10:

55-250 em 250mm + Close-UP +10:

55-250 em 135mm + Raynox:

55-250 em 250mm + Raynox:

Nas fotos é possível notar o quanto uma lente de qualidade faz diferença. Em 55mm, as lentes baratas Close-up não apresentam muitos problemas, e a qualidade é boa, mas quando se amplia mais a imagem, utilizando 135 mm, a imagem piora muito, e em 250mm fica inutilizável. A Raynox, por possuir mais de um elemento ótico, produz distorção bem menor, sendo imperceptível em alguns casos.

Nas SLR`s, existe também a possibilidade de utilizar a lente invertida, que possibilita também uma grande ampliação, para isso, usa-se um anel inversor, que possibilita utilizar a lente desta forma.
Neste caso, a ampliação é inversa, quanto menor o comprimento focal da lente, maior é o efeito de ampliação

18-55, em 18 mm invertida:
18-55, em 55 mm invertida:
55-250, em 135 mm invertida:

A diferença em utilizar lentes invertidas, é que a qualidade da lente é mantida sem interferências de outros filtros ou lentes. Mas, sempre há um porém.
As lentes atuais, utilizam dispositivos eletrônicos para controlar a abertura e a confirmação de foco.
Então, quando se retira a lente da câmera, ela perde contato com a mesma e não há mais controle sobre isso, então, deve-se utilizar foco manual, e a abertura da lente fica em seu maior valor, o que causa um DOF muito curto. Para resolver isto, com a câmera ligada, regule a abertura da lente para o valor desejado, pressione o botão de pré-visualização do DOF, mantendo pressionado enquanto remove a lente.
Pronto! A lente ficou travada na abertura que você escolheu, agora, só montar ao contrário, ajustar o foco manualmente, e fotografar. A distância entre a lente e o objeto fica bem pequena, menos de 5 cm algumas vezes, o que dificulta algumas situações.

Outra solução de baixo custo, são os tubos extensores:



O primeiro, original da Canon, além de custar uma pequena fortuna, possui os contatos eletricos, e possibilita regular a abertura da câmera e possui confirmação do foco.

O segundo, é composto por 3 partes, que podem ser separadas, para regular o tamanho do tubo, mas não possui os contatos elétricos, então, a lente deve ser utilizada do mesmo modo que a lente invertida. Porém, este custa em torno de R$ 40,00.

Estes tubos são colocados entre a lente e a câmera, por não possuir nada além de ar em seu interior, não causam maiores distorções na imagem, mas também limitam bastante a distância entre o objeto e a câmera.
Minha encomenda de tubo extensor ainda não chegou, portanto, os testes deste, ficarão para outra ocasião.

Agora, que todos já sabem os meios de realizar fotos macro, mãos a obra! Rumo à descobrir os mistérios do mundo que quase não enxergamos.

Abraços!


terça-feira, 4 de maio de 2010

O mundo da macrofotografia!

Agora vou falar de um assunto que gosto bastante, e que tenho aprendido um pouco a cada tentativa...

Macrofotografia, ou macro, são fotos de objetos pequenos, transformadas em grandes imagens. A cada foto, um mundo novo se abre... um exemplo?


Os detalhes de uma pequena formiga, e os outros bichos estranhos (quem souber o que é, me conte), impressionam, pois alguns detalhes não são vistos a olho nú. Esta foto, foi tirada com a SX10IS, em modo Macro, sem nenhum acessório nela.

Mas o que é o "modo Macro"???
O modo Macro, nas câmeras, permite à câmera, focar objetos que estão muito próximos da lente, no caso da SX10, esta distância é de até 0cm. Isto quer dizer que se eu colocar a formiga sobrea a lente, a câmera é capaz de realizar o foco, e possiblita uma foto com grande ampliação.

Mas, já vi muitas, diversas, inúmeras vezes, pessoas utilizando o "modo Macro" de forma errada.
Para saber que o modo macro está ativado, as câmeras compactas exibem um ícone no display, na maioria delas, é o desenho de uma flor.

O problema ocorre, quando se utiliza o modo macro, em situações de fotos normais, pois quando você seleciona este modo em algumas câmeras, elas são capazes de focar em distâncias muito pequenas, mas são incapazes de focar em distâncias maiores. E já presenciei pessoas usando este modo numa festa de aniversário, na tela, aparentemente as fotos estavam OK, mas ao passar para o computador, todas as fotos estavam desfocadas, aí, a solução é fazer a festa denovo para poder registrar direito, ou perder horas tentando ajeitar no photoshop, isso quando é possível. Então, mesmo que você não use o modo macro de sua câmera, leia no manual como você consegue ativá-lo, e o mais importante, desativá-lo. Nas Sony, existe uma tecla que você pressiona para ligar e desligar, e muitas vezes é acionada sem intenção.

E quais são as dificuldades em fazer este tipo de foto?
Bom, a principal, como em qualquer outra foto, é a iluminação, ainda mais devido à necessidade de se aproximar demais do assunto da foto, fazemos sombra sobre este, e o flash, muitas vezes, não resolve. Soluções alternativas sempre são bem vindas, como algo que possa refletir o flash da câmera para o assunto a ser fotografado.

Outra dificuldade é a proximidade necessária. Quando fotografamos insetos, por exemplo, e precisamos nos aproximar demais, é bem provável que eles vão embora. Algumas câmeras permitem zoom no modo macro, outras não, outras, permitem apenas o uso parcial (caso da SX10).

O problema é que ao registrarmos belas fotos, queremos sempre mais, registrar detalhes menores, e alguns acessórios podem facilitar nossa vida.
Esta foto, por exemplo:


Os detalhes desta mosca, seu olhos, pelos, são impressionantes, e foram registrados pela SX10, porém, neste caso, utilizei uma lente acoplada na mesma. A lente que utilizo é uma Raynox DCR-250. É uma espécie de lente de aumento, na verdade, uma associação de algumas lentes, que, além de aumentar o objeto fotografado, tem um outro efeito ainda melhor. Com esta lente, podemos utilizar todo o zoom da câmera (os 20X da SX10), e a câmera consegue focar objetos que estão a aproximadamente 16 cm da lente. Claro que isto tem um custo. Com a lente, o foco é bastante limitado, e o DOF, fica curtíssimo, precisando de aberturas menores (causando menor passagem de luz), e a distância de foco fica limitada. Para conseguir focalizar o assunto, deve-se colocar a câmera no modo de focagem manual, travar o foco no infinito, e aproximar e afastar a câmera do assunto, até que apareça bem definido e focado na tela.
Esta operação, normalmente é complicada, e leva um certo tempo até se adaptar e aprender qual a distância certa onde a câmera e lente conseguem focar. Mas os resultados valem a pena.
Algumas fotos com a SX10 + Raynox 250...









A grande quantidade de fotos de aranhas tem 2 motivos:
Primeiro, que elas são interessantes, existem vários tipos, possuem detalhes interessantes, nunca havia prestado atenção nisso antes, aliás, sempre detestei.
Segundo, elas ficam muito tempo paradas. Esperando suas presas, fingindo de mortas, etc... o que nos dá tempo de tirar muitas fotos, testar ângulos, regulagens, focar, refocar, conferir, etc.
Para treino, não achei melhores!

Existem outros métodos, tipos de lentes ou filtros, também preciso fazer testes com a T2i, mas, fica para o próximo capítulo...