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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Panning

Olá!

Fui visitar o autódromo daqui de Curitiba, coisa que não fazia há muito tempo, e resolvi testar a T2i em fotos com movimento.

Tirei muitas fotos, e poucas ficaram ruins. O foco conseguiu acompanhar os carros em alta velocidade, as fotos desfocadas foram causadas pela cerca, ou por erro do fotógrafo (Eu!). Tirei muitas fotos, esperando que pelo menos metade fosse perdida, o que não ocorreu, a primeira varredura, tirando apenas fotos desfocadas e fotos onde não acompanhei o movimento dos carro (peguei só a grama/cerca/asfalto), foram poucas, acho que uns 20% de fotos "imprestáveis". Agora estou no dilema de selecionar as outras 2300 fotos que sobraram... tenho muito trabalho.

Fiz uma pequena seleção, só das fotos de sábado, ainda nem peguei as de domingo, e resolvi fazer esse "mini-tutorial" de PANNING.

Mas o que é Panning?

Bom, olhando esta foto:

Você diria que o carro está em movimento ou parado?

Bom... já respondendo, ele estava andando, no final da reta, provavelmente além dos 200km/h. Mas a foto não transmite este movimento, uma foto dessas, poderia muito bem ser tirada com o carro parado, no mesmo ponto, talvez a qualidade até fosse melhor. Tive que mover a câmera muito rápido, e se não fosse o modo BURST, nunca iria tirar esta foto. A câmera estava ajustada em modo AV (prioridade de abertura), selecionei a menor abertura possível, iso, e a câmera ajustou a velocidade, ficando assim:
ISO 200, 1/1600s, 100mm, f/5.
O "congelamento" do movimento foi causado pela velocidade alta do obturador (1/1600s). ISO, abertura e comprimento focal não interferem neste quesito.

E nesta foto:
A "Ferrari Corintiana" estava em moviemnto?

Fácil de dizer, a cerca, grama, rodas e demais objetos borrados denunciam o movimento, a foto transmite esta sensação.
E a questão: COMO FAZER?
Basicamente, são necessárias duas coisas:
- Tempo de exposição baixo
- Foco acompanhando o carro na mesma velocidade.

Para ajustar o tempo de exposição, mantive o modo AV da câmera, escolhendo uma abertura menor (f/20), mantendo ISO em 200, a câmera ajustou a exposição para 1/200s. Como o carro estava muito rápido, este tempo foi suficiente, para carros mais lentos, um tempo menor terá que ser utilizado. Então, para reduzir o tempo de exposição, ajuste o ISO para valores mais baixos, e aberturas menores.

O problema deste tipo de foto, nem é o ajuste, isso é fácil de fazer. O problema consiste em mover a câmera na mesma velocidade do carro, mantendo este sempre focado, e então realizar o disparo. Enquanto movemos a câmera horizontalmente, devemos cuidar para não movimentar em excesso verticalmente, para não borrar o carro também. Lentes modernas, com estabilizador ótico modernos, detectam quando se realiza este movimento, e passam a anular apenas o movimento vertical, caso tenha dificuldades, tente desabilitar o estabilizador de imagem (IS) de sua câmera/lente.

No começo, fica difícil, principalmente quando o carro/objeto em movmento passa muito perto, você precisa mover a câmera muito rápido, as vezes só fotografa o asfalto vazio. Comece treinando em distâncias maiores,   com velocidades entre 1/30 e 1/200, então parta para outras experiências. Depois que você consegue algumas, o resultado final é muito gratificante. Olhar fotos totalmente borradas, com apenas o carro que você queria totalmente nítido, causa um efeito muito bom, alguns até dizem ser montagem.

Seguem mais algumas fotos, com EXIF delas:
ISO 200 - 1/160 - f/10 - 250mm

ISO 200 - 1/250 - f/13 -100mm

ISO 200 - 1/200 - f/10 - 250mm

ISO 200 - 1/160 - f/10 - 250mm

ISO 200 - 1/125 - f/10 - 250mm

ISO 200 - 1/400 - f/8 - 250mm

ISO 200 - 1/320 - f/10 - 250mm

ISO 200 - 1/160 - f/13 - 123mm

ISO 200 - 1/200 - f/10 - 250mm

Todas as fotos foram tiradas com a T2i, usando a lente Canon 55-250is.

Note que algumas até utilizaram tempos acima de 1/200, mas os efeitos variam com a velocidade do objeto fotografado e distancia.

Espero que tenham gostado, comentem, perguntem! Boas fotos!

Abraço

Bom dia!!!

Enquanto seleciono algumas entre as 2700 fotos que tirei no final de semana, deixo uma foto que gostei, para alegrar este feriadão.


Agora vou continuar minha seleção, que vai demorar, assim que terminar, coloco um tutorial de panning para vocês!

Abraço!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Efeito "Véu" em cachoeiras e quedas d'água

Olá!

Após um passeio por uma trilha, muitos tombos, conseguir enterrar a objetiva da T2i no barro, etc., registrei alguns momentos e testei o efeito Véu, que sempre quis fazer mas não havia visitado nenhuma cachoeira nos últimos tempos.

Mas como funciona?

Quando tiramos uma foto, a câmera em automático, ou qualquer outro modo onde o tempo de exposição não é ajustado automaticamente, a câmera tenta escolher este tempo no menor valor possível, assim, as tremidas são evitadas. Desta forma, uma foto de uma queda d'água fica assim:


Mas a água está parada! Não passa a sensação de movimento. A foto foi tirada em ISO 3200, f/3.5, 1/200s, 18mm.

Para tentar passar a impressão de movimento, e conseguir um efeito, que ao meu ver, fica mais bonito, precisamos de um tempo de exposição mais alto. Para isto, é necessário que se limite a quantidade de luz captada pela câmera, senão, a imagem ficará muito clara, chegando ao ponto da água virar uma "mancha branca".

Como fazer?
Primeiro: UTILIZE O ISO MAIS BAIXO POSSÍVEL.
No caso da T2i, coloque em 200, que é o menor valor disponível. Assim, a sensibilidade à luz do sensor da câmera será menor, precisando de mais tempo para captar a mesma quantidade de luz.

Segundo: DIMINUA A ABERTURA.
No caso da lente que eu estava usando (uma 18-135mm), utilizei f/22. Lembre que valores mais altos representam aberturas menores. Quanto mais fechada, menos luz irá passar.

Terceiro: NÃO MEXA A CÂMERA.
Use um tripé, uma pedra, treine apnéia, pare de tremer, etc. Como não dava pra carregar um tripé na caminhada, não consegui achar nenhum apoio bom para a câmera. A solução foi segurar a câmera firme, tentar não tremer e parar de respirar durante o clique. Coloquei a câmera em burst e tirei umas 5 fotos, assim, selecionei a menos pior.

Dá para tentar utilizar o modo TV da câmera, assim, apenas selecione o tempo de exposição que deseja. Exposições acima de 1/10 de segundo já conseguem bons efeitos.

A seguir, uma foto do mesmo local com um ajuste diferente:

Esta foto foi registrada com ISO 200, f/14, 1/3s, 18mm.

NEM TUDO É PERFEITO!
Neste dia, a mata fechada e o tempo nublado ajudaram. Como? Havia pouca luz no local, então, ajustar o ISO e a abertura foram suficientes para obter o efeito desejado, mas em casos onde há muita luz, com sol, as vezes o menor ISO e a menor abertura não são suficientes para obter grandes exposições, então precisamos de mais uma forma para limitar a passagem de luz.
Para isto, normalmente são utilizados filtros. Filtros ND (Neutral Density) reduzem a quantidade de luz, como se fosse um "óculos escuro" para a câmera, obrigando ajustes diferentes. Normalmente são encontrados como ND +1, +2, +3, etc. Quanto maior o número, menos luz o filtro deixa passar. Na falta de um filtro ND, um filtro polarizador também limita a passagem de luz, porém, como menor intensidade, e ainda devemos ajustar a polarização do mesmo. Neste dia não foi necessário e eu não possuo o filtro também.

Seguem mais algumas fotos dos efeitos que consegui.

ISO 3200, f/4, 1/250s, 25mm.

ISO 200, f/9, 1/15s, 26mm.

ISO 200, f/22, 1/1,5s, 26mm.
Nas 3 fotos acima foram removidas as pessoas através da ferramenta Content Aware do Adobe Photoshop, pois o objetivo principal era o efeito na água.

Mais uma de outro lugar:

ISO 200, f/13, 1/1.2s, 24mm.

As fotos foram tiradas na trilha do Salto dos Macacos em Morretes-PR. Vale a pena conferir, mas o caminho é cansativo.

CLIQUE NAS FOTOS PARA ABRIR EM TAMANHO GRANDE.

Abraços!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Lua!

Só pra desejar uma boa noite aos frequentadores deste pequeno blog, uma foto da lua, tirada ontem.



ISO 200 - 1/500s - f/11 - T2i + 250mm.

Abraços!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Nova aquisição: CANON SX-210 iS

Olá pessoal!

Estão cada vez maiores os intervalos entre postagens, mas a vida é assim, e o tempo em Curitiba não ajuda nada para tirar fotos.

Uma SLR é complicada para carregar, ainda mais com acessórios. Preciso de uma mochila para carregar tudo, literalmente!


Perdi algumas oportunidades de fotos por não poder levar a câmera, seja por falta de praticidade, seja por medo mesmo. Então resolvi comprar uma compacta.
Já estava ciente das limitações deste tipo de câmera, ainda possuo uma Sony W-50, com uns 5 anos de uso, mas há uma mancha na lete dela, e o foco anda lento.
Queria uma compacta, com recursos manuais de exposição e abertura, e que tivesse um bom zoom, um modo de vídeo em que o zoom funcione durante a filmagem (apesar de nunca filmar).
Sou fã assumido da Canon, gosto das funções, e me adapto muito bem com a disposição dos comandos, que são parecidos nos diversos modelos de câmeras.

Minha escolha foi uma Canon SX-210 iS. Gostei muito da aquisição e resolvi fazer um REVIEW:


O zoom ótico de 14x impressiona, e a qualidade ótica, para mim, é muito boa.

O modo macro, de 5cm. não é dos melhores se compararmos com a concorrência, mas é suficiente. Normalmente quando aproximamos a câmera mais que isso do objeto, acabamos por obstruir as fontes de luz.

O flash, acredito seja o pior dos recursos dela. O alcance é curto, então, em ambientes pouco iluminados, o resultado pode ser um fundo escuro com os objetos do primeiro plano bem iluminados. Mas, parece que os flashes estão cada vez piores. O legal do flash é que ele fica guardado, e abre-se sempre que você liga a câmera. Para desativar, basta fechá-lo empurrando com a mão, fácil assim. Para reativar, basta levantar (manualmente). Há um pequeno ressalto para isso.
Quando liguei a câmera a primeira vez, estava com o dedo sobre o mesmo. Ele tentou levantar, e retornou para a posição fechado. De início me preocupei se isso não causaria um dano ao mecanismo, mas, aparentemente, o funcionamento é assim mesmo.
Ponto positivo também é que ele fica mais distante da lente, e longe do centro desta, isto reduz a incidência de olhos vermelhos.
Fora que eu achei legal também!



Os recursos são interessantes. Possui todas as funções que eu encontrava na SX-10, e mais algumas.

Modo M:
Totalmente manual, permite ajuste de abertura, tempo de exposição, ISO, WB e potência do flash.

Modo AV:
Permite os mesmos ajustes do modo manual, exceto o tempo de exposição, mas oferece um ajuste de compensação de exposição. Sendo que o ajuste de abertura fica em primeiro plano na tela, bastando girar o dial. A abertura pode ser selecionada desde f/3.1 (f/5.9 em comprimento focal máximo) até f/8.
Foto registrada em modo AV (f/3.1 - 1/60s - ISO 100 - 5mm - Com flash - Vivid Colors)


Modo TV:
Permite os mesmos ajustes do modo manual, exceto a abertura, mas oferece um ajuste de compensação de exposição. Sendo que o ajuste de tempo de exposição fica em primeiro plano na tela, bastando girar o dial. Valores de 15 segundos até 1/3200.

Modo Programa:
Um modo "automático customizável".

Modo Auto:
Como o nome diz: Automático! Permite ajustes de resolução e qualidade de imagem e desligar o flash e selecionar o temporizador.
Foto registrada em modo AUTO (f/3.1 - 1/60s - ISO 640 - 5mm - Sem flash) - Note que o modo AUTO optou por usar ISO mais alto e não usou flash, o que causou maior ruído na imagem.

Modo Fácil:
Aponte e atire! Permite desligar e ligar o flash.

Modos Retrato, Paisagem, Paisagem Noturna, Crianças & Animais e Interior:
Use cada um para a situação selecionada, estes modos tentam otimizar as cenas para uma captura ideal.

Modo Cena:
Possui diversas opções legais:
OBTURADOR INTELIGENTE:
Detecta sorrisos e bate a foto quando a pessoa sorri, ou pode detectar a pessoa piscando, e tenta tirar a foto com os olhos abertos, ou então pode detectar quando mais um rosto aparece na imagem, e então fotografa.

LUZ FRACA:
Reduz o tamanho da imagem (3.5 Megapixels), para tentar capturar imagem com menos luz, sem uso do flash, aumentando o ISO até 6400. Claro que isso produz mais ruído.

ACENTUAÇÃO DE COR:
Aponte para a cor desejada e aperte o botão para selecionar. A cor escolhida, será registrada, e todo o resto da imagem fica em preto e branco. Um efeito legal.


TROCA DE COR:
Escolha a cor como no modo anterior, e escolha uma nova cor para substituir, funciona muito bem.

EFEITO OLHO DE PEIXE:
Um efeito legal da distorção de lentes tipo olho de peixe. Pena que é só um efeito.

EFEITO MINIATURA:
Efeito semelhante a uma lente tilt-shift. Desfoca duas faixas da imagem, trazendo um efeito semelhante de miniatura.
Uma pequena árvore (uns 30cm) utilizando o efeito miniatura.

PRAIA:
Ajusta a câmera para uso com luzes do sol intensas.

FOLHAGEM:
Registra com cores mais vivas para destacar as imagens de natureza.

NEVE:
Ajusta a câmera para o excesso de branco de cenas com neve, tentando evitar estouros de tons claros.

FOGO ARTIFÍCIO:
Utiliza tempos de exposição mais longos, para capturar fogos de artifício, requer um tripé ou um ótimo apoio.

CORTE E COLA:
Utilize para montar efeitos de panorâmicas, tire as fotos e depois junte no programa que vem com a câmera, ou mesmo no Photoshop.

*** A maioria destes efeitos, podem ser criados em programas de edição (leia Photoshop ou similares), porém, nem todos todos têm paciência ou conhecimento para fazê-lo.

O vídeo tem boa qualidade sendo em 720p (HD), possui 2 microfones para gravar o som estéreo.
A tela é bem grande, no formato 16:9, então, quando se tira fotos com formato padrão as bordas da tela ficam com duas faixas pretas. Caso o formato das fotos, ou mesmo os videos, estejam no formato da tela, esta é completamente utilizada.

A bateria dura bastante, passei das 400 fotos, sendo aproximadamente metade com flash e ainda sobrava carga. Para carregá-la, basta remover a bateria, encaixar no carregador e colocar na tomada. Já encomendei uma bateria genérica da china, por menos de U$ 10,00. Quando chegar eu altero aqui e digo se presta.

No geral, gostei muito da câmera, se eu comparar ela com a minha ex SX-10, não percebo muitas diferenças. A abertura da objetiva era um pouco maior, e o zoom também. Mas em termos de recursos e qualidade das imagens é equivalente.

Minha única reclamação fica para o Flash. A potência é muito baixa, inferior às câmeras de mesma categoria.

Se você quer uma câmera compacta, para carregar no bolso e que tenha um bom zoom, essa é uma boa escolha.

Agora não vou ficar sem fazer fotos por causa do tamanho da T2i

Cliquem nas fotos para ver em tamanho maior.

Abraços!
Comentem, pergunte, corrijam, critiquem, fiquem à vontade!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ausente!

Faz muito tempo que não coloco nada novo aqui... isso está virando uma constante, mas, já que tirei o pó da câmera hoje e levei ela para passear, deixo aqui algumas fotos para vocês após uma breve história...

As fotos fora tiradas no terreno do antigo Sanatório Vicentina Aranha, inaugurado em 1924, em São José dos Campos - SP. Hoje, tombado pelo patrimônio histórico, serve de parque para caminhadas. Eu gostei muito do lugar, as antigas instalações e prédios estão muito desgastados pelo tempo, carecem de manutenção, mas a área para caminhada, jardins e árvores são incríveis, um ambiente muito aconchegante no meio da cidade.

Uma curiosidade: Primeiro, dei uma caminhada pelo parque, a câmera estava na mochila, então, quando comecei a tirar fotos, passei a ser observado por um dos seguranças do local (o local é cercado e possui segurança). Alguns minutos depois, fui abordado gentilmente por um deles, num tom muito simpático, pediu para eu apenas me registrar na portaria do parque, pois isso era necessário para tirar fotos. Fui então até a sala do diretor do parque, que me atendeu muitíssimo bem, apenas anotando meu nome, identificação e telefone, após perguntar se eu tirava as fotos para lazer ou para trabalho. Fiquei um tempão conversando e voltei as fotos. Fica a dica, quando for ao parque fotografar, informe-se antes e registre-se. Mas não deixe de visitar.

Agora as fotos....

Por hoje é só pessoal!!!

Abraços!!!

sábado, 7 de agosto de 2010

Filtro Cross 8

Faz tempo que não coloco mais nada aqui, mas tá difícil... viajando direto, nem tempo para tirar fotos eu arrumo.

Comprei faz alguns meses, um filtro Cross 8, paguei baratinho, é de marca genérica e ainda não havia testado o mesmo.

Já que está difícil atualizar aqui com algo mais interessante, vou colocar umas fotos para exemplificar o efeito de um desses filtros.

O filtro em si, consiste num vidro transparente, com algumas linhas verticais e horizontais gravadas no mesmo, formando um quadriculado. Estas linhas causam o efeito abaixo:
Na primeira foto não capturei as luzes da cidade, apenas a refinaria, na segunda, a idéia foi aproveitar o efeito do filtro. O que o filtro faz, é prolongar linhas a partir de pontos de luz, formando efeitos como estrelas. Com um custo muito baixo, pode-se conseguir um efeito muito belo em fotos noturnas.
Hoje foi mais simples, mas em breve trago mais testes e fotos.

domingo, 18 de julho de 2010

Testanto longas exposições

Faz um tempo que não trago mais nada aqui... acabou a viagem, hora de colocar as coisas no lugar, revisar o carro, voltar pra casa, enfim, continuar a vida que parou uns 6 meses atrás.

Mas, voltando ao assunto... hoje é dia de tentar longas exposições!
Alguns capítulos atrás, este assunto foi abordado, mas exemplos explicam melhor.

O que fazer quando queremos tirar uma foto em um local com baixíssima luz?? Flash? Mas e se o local for grande? Usar um holofote?

Como já disse, os recursos para fotos com pouca luz são:
- Grande abertura da lente
- ISO elevado
- Tempo de exposição elevado.

O primeiro, depende da lente e câmera que possui.
O segundo, depende da câmera, porém quanto maior o ISO, maior o ruído na imagem.
Já o terceiro, é mais fácil de controlar, porém requer alguns cuidados.

Quando usamos tempos altos de exposição, a câmera permanece capturando a cena por um longo período, e qualquer movimento, tanto da câmera, quanto do que se está tentando fotografar, vai aparecer na imagem. Esse movimento, muitas vezes pode ser útil para a composição da fotografia.
Esta imagem, foi tirada usando velocidade de 1/13 segundos (0,077 segundos), a câmera foi colocada sobre uma base fixa, permanecendo assim imóvel, usei o temporizador para poder correr e aparecer na foto, mas o interessante, é o movimento capturado da roda do moinho. Enquanto todo o resto da cena está imóvel, a roda estava se movendo e a câmera, mesmo em um período relativamente curto de captura, pegou o movimento.

O problema das longas exposições, é justamente o movimento, e o mais prejudicial deles, é o movimento da câmera ou do fotógrafo. Um jeito de evitar imagens tremidas é fixar a câmera em um tripé, ou mesmo apoiar em alguma base fixa na falta do tripé. Caso não seja possível, prender a respiração, manter braços juntos ao corpo, câmera bem apoiada nas mãos e bem firme é outra solução.
Para facilitar, normalmente se usa tempos de exposição equivalentes com a distância focal que se está usando. Explico, caso utilize uma lente 50mm, para maior nitidez, a exposição recomendada é de 1/50s. Para uma objetiva 250mm, use 1/250s, e assim por diante. O estabilizador de imagem da câmera permite utilizar tempos mais baixos que esses, mas varia conforme a capacidade do fotógrafo, da qualidade do sistema de IS, etc.

Existem fotografias que não seriam posíveis sem longas exposições, como a onda do light paint. Fiz há um ano atrás, com um priminho e uma lanterna na mão.
Nesta imagem, a câmera capturou 15 segundos de movimento, e registrou os pontos mais luminosos, no caso, a lanterna, e a lua ao fundo. A objetiva ficou um pouco mais fechada, em f/8.0, assim, somente os pontos mais luminosos foram registrados.
A mesma cena, também com 15 segundos, mas com abertura f/2.8 ficou assim:

Longas exposições também são legais para registrar fogos de artifícios, raios, e outros pontos lumunosos em movimento, como os faróis de carros... abaixo, alguns exemplos que registrei:




Enfim, longa exposição é isso... apoiar bem a câmera (um tripé ajuda bastante), e capturar o movimento das luzes. São efeitos simples, mas que ficam muito bons.
 Agora, mãos a obra, coloque sua câmera em modo MANUAL ou TV, escolha tempos de exposição abaixo de 1/6 segundos, apoie bem sua câmera e comece a diversão!

Abraços!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Testes do Tubo de Extensão

 Faltou no teste de macros, um utilizando tubos de extensão.


Como expliquei, é um tubo (geralmente composto de várias partes para ajustar a distância) que é colocado entre a lente e a câmera.


Câmera com a lente do kit (18-55IS) + tubo extensor com as partes 2 e 3.

Tubo extensor desmontado.

Como na foto, são 5 partes... as duas abaixo, se encaixam na lente e na câmera, e as 3 acima, numeradas, vão entre elas, aumentando ou reduzindo a distância entre a lente e a câmera, sendo assim, são 9 combinações possíveis.
Fiz alguns pequenos testes, não tinha nada muito original para registrar, mas ficam as imagens para um comparativo.
Clássica: 1 Real - 18-55 @ 55mm + Tubo partes 1+2+3

  
Controle remoto - 18-55 @ 55mm + Tubo partes 1+2+3


Caneta - 18-55 @ 55mm + Tubo partes 2+3


Refrigerante - 18-55 @ 55mm + Tubo partes 2+3

Clique nas fotos para observar em tamanho maior.

A dificuldade em utilizar os tubos extensores, com lentes que não são manuais (não há controle de abertura na lente) é justamente controlar a abertura e o foco. Quando se retira a lente da câmera, interrompemos os contatos eletrônicos, e a lente vai para sua abertura máxima. Com abertura máxima, a profundidade de campo (DOF) fica muito curta, dificultando o foco. Para utilizar a lente com aberturas menores, com a lente na câmera, eu coloco a abertura no valor que eu desejo (neste caso f/22), e pressiono o botão de "DOF Preview", que fica próximo à lente, na frente da câmera. Com este botão pressionado, pressiono o botão para retirar a lente, e removo a mesma. Pronto! A lente está fora da câmera, e a abertura da mesma permanece em f/22. Agora só montar o conjunto com o tubo extensor. Neste caso, a câmera fica com a mensagem E00 no display, pois não reconhece a lente (tubo). Com a objetiva muito fechada, pouca luz entra pela lente, quando olhamos pelo visor, a imagem está muito escura, então, é mais fácil, tanto para visualizar, quanto para focar (o foco deve ser feito manualmente) usar o modo Live View, ou seja, visualizando a imagem pelo display da câmera. A iluminação agora também é um problema, em dias de sol, não há maiores problemas, mas, na falta de luz, convêm usar um tripé.
Existem tubos de extensão com os contatos elétricos, mas estes são muito caros, e eu não tenho nenhum para teste.
Quando se usa um tubo de extensão, a distância entre a lente e o objeto passa a ser muito pequena, algumas vezes, só há foco a milímetros da lente, outras vezes, não dá pra focar, como se usarmos o tubo completo, com as 3 partes e a lente em 18 mm, o ponto de foco está "dentro da lente", então, nem encostando neste, conseguimos foco.
Mas, em 55 mm, já dá para ficar a uns 8 cm do objeto, e se usar outra lente, como a 55-250IS, dá pra usar em 250mm e uns 50cm do objeto, com grande ampliação.

Espero que gostem e comentem.

Abraço!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Mas, e agora? A imagem está cheia de ruído!

Eu já havia me deparado com esta pergunta diversas vezes.
Quando não há luz suficiente, o flash não fica legal, seja pelos objetos reflexivos na cena, pela distância, ou por qualquer outro motivo, e você não tem o que fazer, o jeito é aumentar o ISO. Mas, como já foi visto, isto aumenta também o ruído na imagem capturada. Especialmente nas compactas.

Desenterrei uma imagem tirada com a minha ex SX-10IS:
SX10IS - ISO 400 - f/2.8 - 1/8s - 28mm

A diferença entre a SX10 e a T2i é enorme, uma imagem em ISO 3200 da SLR não tem tanto ruído como essa ISO 400 da SX. Mas, graças aos amigos do Digiforum, descobri o plugin para o photoshop Denoize, da Topaz. Este plugin remove o ruído nas fotos, justamente o que precisamos.
Claro que não há milagre, o programa precisa tentar modificar aqueles pontos coloridos que estão estragando a imagem para que tomem a cor que deveriam. Algumas informações da imagem podem ser perdidas, mas eu gostei muito do efeito.
Nada como ver para crer!



Fiz um recorte da imagem acima (clique na imagem para ver em tamanho maior) e apliquei o filtro em metade da mesma, pode-se ver claramente a diferença entre as duas, e o resultado é satisfatório.
A foto, no geral não está boa, a velocidade baixa (1/8s) sem usar tripé deixou a foto um pouco tremida, mas o objetivo é visualizar o efeito da remoção do ruído, e isto pode-se perceber muito bem.

Muito interessante o recurso, de instalação fácil, vira um item a mais no menu "FILTER", do photoshop, apliquei a opção pré-definida do programa, de maior intensidade de remoção, justamente para comparar, mas pode ser customizado ao "gosto do cliente", bastando ajustar os parâmetros que desejar.

Neste caso, usei a opção "JPEG STRONG", que resulta na maior redução de ruído, mas também pode apresentar maior perda de detalhes, como bordas, pequenos objetos e contornos das imagens.

Espero que gostem, e, encontrando mais algum plugin interessante, trago aqui.

Abraços!