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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Luz e fotografia

Já que foto é basicamente controlar a incidência da luminosidade de uma cena sobre um sensor, então, algumas coisas podem fazer diferença para a fidelidade das cores.

O Balanço de Branco, é uma dessas coisas.

Mas que raios é isso?
Balanço de Branco, ou White Balance, aparece na maioria das câmeras como WB. Pode ficar em modo automático, ou podemos escolher manualmente.
Quando em automático, a câmera tenta identificar a iluminação local e ajustar as cores conforme esta análise. Algumas câmeras são muito eficientes nesta análise, mas, muitas vezes, podem errar, e as cores não ficam como gostaríamos. Então, uma solução é escolher entre as opções disponíveis e observar qual representa melhor as cores reais da cena.



As opções mais comuns são estas, podendo variar um pouco de acordo com a câmera, mas nada como imagens para representar melhor:

Automático:
Daylight (Luz do dia):
Shade (Sombra):
Cloudy (Nublado):
Tungsten light (Luz incandescente):
White fluorescent light (Luz fluorescente branca):
Flash:
Nos testes, o ambiente é iluminado por lâmpadas incandescentes, a luz não é muito boa, mas nota-se que em modo automático, o resultado é muito semelhante ao modo de Luz incandescente.
Mas, este ajuste pode ser usado quando deseja-se cores diferentes na imagem, não precisando fazer isto no photoshop depois.
Existe também um modo customizado, na T2i, basta tirar uma foto de uma folha branca, sob a luz local, entrar no menu e escolher esta foto como o padrão de branco. A câmera irá tomar esta tonalidade como padrão.

Métodos de medição de luz

Definir qual objeto da cena é prioritário em foco ou luminosidade faz grande diferença, principalmente quando a câmera está em modo automático, mas como fazer?
Existem alguns modos que variam conforme o modelo da câmera, alguns utilizam mais pontos para medir, outros, menos. Mas o princípio de funcionamento é bastante semelhante.

Evaluative: A câmera mede a luminosidade me diversos pontos, e tenta achar um equilíbrio, mantendo toda a imagem com boa iluminação.

Partial: Mede apenas alguns pontos em metade da imagem..

Spot: Apenas o ponto central é usado para medir.

Center-weighted: É calculada uma média dos pontos no centro da imagem

Este recurso é muito útil quando luzes estão por detrás dos objetos ou pessoas a serem fotografadas, as vezes, ficam escuros, pois a câmera tenta equilibrar a luz, para não haver "estouros". Então, escolher um método correto para a situação ajuda.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Frase do dia.

Enquanto não arrumo tempo para continuar o tutorial... uma frase interessante sobre o mundo da fotografia:

“ Suas primeiras 10 mil fotografias são as piores”. – Henri Cartier-Bresson

Apesar que já passei das 10 mil faz tempo... e ainda tenho muito o que melhorar!

Abraços!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Comprimento focal??? Zoom??? Hã???

- Minha câmera tem 15X de zoom e 4X de zoom digital. No total, tenho 60X. A sua tem quantos?
- A objetiva da minha câmera é 55-250mm.
- Hã?

Uma conversa dessas, já deve ter ocorrido. Mas, o que quer dizer esse monte de números e medidas?

Estamos acostumados a definir o poder de aproximação de uma câmera pelo número de zoom (3X, 10X, 20X...). Mas, esta é uma convenção um tanto confusa, pois duas câmeras com 10X de zoom podem ter alcances diferentes. Como?
Na imagem acima, podemos ver na coluna da esquerda, o comprimento focal real, e na coluna da direita, o equivalente em 35mm. Esta é a objetiva da Canon SX10 quando está na posição de zoom máximo 560mm.

Primeiro é preciso entender sobre comprimento focal. Esquecendo as aulas de física, que eu só gostava da parte onde tratava de eletricidade, é melhor falar de forma mais simples.
Temos um sensor, e um conjunto de lentes, quanto mais longe a lente está do sensor, mais ampliada será a imagem projetada sobre ele.

Devido à diferentes tamanhos de sensores de câmeras, para padronização, em câmeras compactas e ultrazoom (não SLR), costuma-se converter em um valor equivalente ao filme 35mm. Nas SLR, coloca-se o valor da lente, mas existe um fator para converter o tamanho do sensor para o 35mm. Neste caso, FATOR DE CROP, nas Canon 1.6, nas Nikon 1.5 (multiplica-se o valor da lente pelo fator de crop para obter o real comprimento focal), nas SLR Full Frame, o sensor tem o tamanho de um filme 35 mm, por isso não necessita conversão.

Por exemplo, na Canon SX10 suas características apresentam um comprimento focal (comparado com o 35mm) de 28-560 mm. Ou seja, se compararmos com um filme em 35mm, a SX10 apresenta um ângulo mais aberto quando na posição mínima de zoom. E na posição máxima é 20 vezes superior aos 28mm. Por isso, dizem que a SX10 tem 20X de zoom. Umas fotos para demonstrar:
























Assim fica fácil de observar a diferença, a aproximação é bem grande, e com distorções aceitáveis.
Então, se você comprar uma câmera, observe não só quantos X de zoom ela tem, mas se também é informado em mm, o comprimento focal, assim, fica mais fácil definir que tipo de câmera você quer.
Eu gostei muito do comprimento 28mm, outras câmeras, já começam com 35mm, então, em fotos de ambientes pequenos, ou aquelas fotos onde você resolve esticar o braço e fazer um auto-retrato, fica mais fácil pegar uma área maior com um comprimento menor.

Em SLR, você pode trocar as lentes, mas é semelhante. Apenas atentar, ao FATOR DE CROP da câmera, como eu falei acima. No caso da Canon T2i, é de 1.6. Então, com uma objetiva 18mm, o comprimento mínimo é 28,8, quase igual ao da SX10. Uns exemplos:

Podemos obervar que no caso da lente da T2i, em 18mm, é equivalente aos 28mm da SX10, e em 55mm, equivalente aos 85mm. Fazendo as contas, obtêm-se valores proximos.


E o zoom DIGITAL?

Zoom digital, nada mais é, que um corte da imagem original, ou seja, a câmera tira a foto em resolução máxima, e recorta um pedaço para parecer uma ampliação. Mas isso, você mesmo pode fazer em qualquer programa de edição de imagens. Existem também algumas câmeras, que realizam zoom digital, mas mantêm o tamanho da imagem, o que é traduzido em uma imagem com bastante distorção, prejudicando a qualidade.
Eu não costumo utilizar o zoom digital por este motivo, sempre tiro fotos na resolução máxima da câmera, e quando preciso de mais ampliação do que as lentes foram capazes, eu recorto em algum programa.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Novos conceitos: Tempo de exposição e Abertura

Foto digital e fotografia analógica, têm muitos conceitos comuns, o que muda é a forma que a imagem é gravada, em um, utiliza-se uma película foto-sensível, em outro, um sensor eletrônico.
Digo isto, para começar a explicar o conceito de tempo de exposição.
Já conhecemos que existem filmes que podem ser mais ou menos sensíveis à luz, assim como sensores podem ser ajustados para serem mais ou menos sensíveis.
Se a sensibilidade já é conhecida, já foi ajustada, agora devemos saber, por quanto tempo a luz deve incidir sobre o sensor para que este consiga gravar a luz que está sobre ele. As câmeras, quando em modo automático, podem fazer isto automaticamente, então pra que eu preciso saber disto?
Um dos motivos, é saber que um tempo maior de exposição, requer que o objeto esteja parado por todo este tempo, assim como a câmera, que, se estiver na mão do fotógrafo, este deve permanecer totalmente imóvel por todo o período.
Outro, é que, em caso de fotos escuras, seja por interpretação errada do sistema automático da câmera, seja porque você quer utilizar o modo manual, podem ser modificadas alterando o tempo de exposição.

Nas fotos exemplificando o funcionamento do IS da Canon SX10, coloquei 2 fotos. Em uma, a foto ficou nítida, na outra, não. Nesta segunda, a imagem ficou tremida, prejudicada, não só pelo desligamento do IS, mas também devido ao tempo de exposição muito alto.
Nesta foto, o tempo de exposição foi de 1/3 de segundo, ou seja, por 333 milésimos de segundo o sensor ficou exposto à luz para que gravasse a imagem. Dificilmente conseguimos ficar totalmente imóveis. A postura, a maneira que você segura a câmera, se está em pé, sentado, deitado, tudo influi.
Neste caso, fechei as cortinas e apaguei as luzes. Havia apenas um pouco de luz do sol entrando no ambiente, por isso, a câmera necessitou de tanto tempo para registrar.
Mas, e se fosse um objeto que estivesse em movimento?? Na foto abaixo, o registro do movimento do ponteiro do relógio:

Nesta foto, foram 10 segundos capturando esta imagem, o ponteiro, por ter tinta reflexiva, emite um brilho maior, que fica registrado. O ponteiro dos segundos, deixou um rastro (os pequenos triângulos), o dos minutos, deslocou levemente, e o das horas, praticamente não se nota movimento.
Mas, para isto, a câmera precisou ficar sobre um tripé (qualquer outra superfície fixa serve) usei o temporizador para disparar (mesmo o movimento de tirar o dedo do botão de disparo treme a câmera).

Os tempos de exposição, em câmeras comuns, variam entre 15 segundos, até tempos mais rápidos, de 1/2000 segundos (0,0005s.). Estes tempos, abaixo de 1 segundo, são representados por frações, então 1/10 é maior que 1/1000, as vezes, algumas câmeras apresentam valores de 10, 40, 1000, para representar tempos de 1/10, 1/40, e 1/1000 respectivamente, para tempos acima de 1 segundo, representa-se com 1", 2", 2,3", etc. Com câmeras sem estabilizador de imagem, segurando na mão, eu dificilmente conseguia boas fotos com tempos maiores que 1/40. Com estabilizador, eu já consegui fotos com 1/3, mas são difíceis, geralmente coloca-se a câmera e os braços próximos ao corpo, e prende-se a respiração.
Então, quando for tirar fotos daquela corrida de kart, no final da tarde, ao ver que a câmera ajustou a velocidade para 1" (representa 1 segundo), nem perca tempo! Tente aumentar o ISO da câmera, achar um ponto da pista mais iluminado, e tente novamente. Objetos em movimento assim, normalmente pracisam de 1/100 de segundo para um registro legal.

Abertura de diafragma:

Primeiro! O que é diafragma?

Diafragma, é o conjunto de lâminas existente na objetiva da câmera (conjunto de lentes) que controla a quantidade de luz que entra.
Então, até agora surge o terceiro conceito sobre luz na fotografia:
Quantidade de luz, controlado pelo diafragma.
Tempo que a luz incide no sensor, controlado pelo temporizador.
Sensibilidade a luz, controlado pelo ISO.
Assim como o tempo, a abertura é identificada por uma fração, escrita de uma forma "estranha"
f/1.8, f/4, f/22, etc.
Estes valores, variam muito, de acordo com a lente que a câmera utiliza, e geralmente está escrito na frente da lente da câmera.
Dizer que a abertura é f/1.8, é dizer que o diafragma abriu mais (deixou passar mais luz) que quando a abertura é f/8, por exemplo, então, números maiores = aberturas menores! (Veja na imagem acima)
Então, quando você tem controle sobre a abertura, pode usar este quesito para controlar as condições da foto. Por exemplo, quando se está em um ambiente mais escuro, pode-se usar aberturas maiores, assim, conseguimos usar um ISO e um tempo de exposição menor.

Mas, a abertura faz só isso?

Só isso não. A abertura controla também o DOF (Depth of Field) ou Profundidade de Campo.
O DOF é um recurso interessante, representa a parte da imagem que ficará focada.
Com aberturas maiores, o DOF é mais curto, ou seja, uma área menor estará no campo de foco, e o resto, fora de foco. É muito usado, quando se quer desfocar o fundo da imagem.
Com aberturas menores, o DOF é maior, podendo ocorrer que quase toda a imagem fique focada.
Vamos aos exemplos:

Nas fotos, nota-se a diferença, na primeira, o objeto principal está focado, enquanto o fundo, totalmente desfocado, já na última o foco atinge quase que totalmente a cena.

Com esses conceitos básicos, uma câmera com alguns ajustes manuais, muitas fotos para treinar, e muita paciência, algumas belas fotos já podem ser tiradas.

ISO? Abertura?? Exposição???

Se você nem imagina o que significam estas "coisas"... então recomendo a leiutura. Descobrir para que servem, que diferença causam, é importante para tirar melhores fotos. Então vamos aos fatos:

ISO:

ISO, quando usado para filmes fotográficos, também é chamado de ASA, e representa a sensibilidade que o filme tem à luz.
Nas câmeras digitais, tem a mesma função.
Ou seja, quanto maior o valor do ISO, mais sensível à luz é a câmera.
Mas o que isso quer dizer?
Bom, sensibilidade, quer dizer, que é necessária menor quantidade de luz para iluminar a foto, pois o sensor/filme é capaz de fotografar mesmo com pouca luz.
Então devo utilizar o maior valor ISO que minha câmera suporta?
Não é bem assim. Quando você aumenta a sensibilidade do sensor, um efeito colateral pode ser percebido nas fotos, que é o ruído. São pequenos pontos coloridos espalhados pela imagem, fazendo com que esta ofereça menor nitidez, perca a definição de cores, e fique, muitas vezes, ruim. Em alguns casos, o ruído é desejado, caso um efeito de nostalgia queira ser adicionado, mas isto pode ser feito em algum programa de edição no computador, depois.
Melhor ver, que ler!
Abaixo, uma sequência, representando o efeito da alteração do ISO. Neste caso, todas as configurações da câmera foram mantidas fixas, a única alteração entre as fotos, foi o ISO.

 Nas imagens acima, é possível ver a diferença entre elas, a imagem em ISO 1600 ficou bem mais clara que a imagem em 80, neste tamanho, não se percebe perda de qualidade nas fotos.
Mas, se observarmos mais de perto, a qualidade muda bastante. Abaixo, uma sequência um pouco diferente. Aqui, foi alterado ISO, e a câmera tratou de ajustar o tempo de exposição para que todas as imagens ficassem com praticamente a mesma iluminação. Foi feito um corte em todas as imagens para mostrar um pouco mais de detalhes.
Agora, com esta aproximação, observa-se porque devemos conhecer os limites de nosso equipamento.
Estas fotos foram tiradas com uma CANON SX10 IS. É uma câmera da categoria das ultrazoom, possui sensor semelhante às compactas que são as mais vendidas por aí. Este tipo de sensor, pelo seu tamanho e características, costuma apresentar um ruído alto.
Existem as câmeras SLR, que possuem sensores maiores e características construtivas diferentes, o que melhora sua eficiência em ISO alto. Abaixo uma foto com uma T2i em iso 3200.

Então... uma SLR em ISO 1600 tem desempenho parecido com ISO 200/400 de uma compacta em alguns casos.
Logo mais, eu explico o pouco que sei sobre tempo de exposição e abertura de diafragma.

domingo, 18 de abril de 2010

Bem vindo à família Canon!

Olá!

Continuando do assunto anterior, agora é hora de saber quem será a sucessora da família de compactas Sony.

Bom, após pesquisar muito, algumas características da Canon me surpreenderam, mas, acredito que a maior delas, foi o estabilizador ótico de imagens, os relatos dos proprietários dos modelos da série S me animavam cada vez mais. De repente, me peguei aprendendo o que era tempo de exposição, e descobri que minhas fotos tiradas com as Sony, sempre que com tempo inferior à 1/60 segundos, saíam tremidas. Nas fotos das Canon, eu vi fotos em 1/15 s nítidas, não estavam tremidas, e ainda foram tiradas com zoom!!!

Bom... eu tinha que comprar uma Canon! E só consegui comprar 3 modelos depois, uma CANON SX10 IS.

10 Megapixel, visor articulável, cartão de memória de 8 gb, controles manuais, e um incrível zoom ótico de 20X. Ahhh... e com estabilizador ótico. Sonho realizado!
Mas e agora?
Coloquei a câmera em automático (só sabia tirar fotos assim), e as primeiras delas não ficaram grande coisa. Cansei de tirar foto do meu quarto testando as funções, acho que foram umas 1000 fotos.
O zoom é fantástico! Dá pra pegar aquele pássaro que está na árvore do terreno vizinho, aqui, duas fotos, tiradas do mesmo local:
Esta foi sem zoom

E esta, com zoom.

As duas fotos estão sem edição nenhuma... do jeito que saíram da câmera!

Ahhh... o estabilizador de imagem, realmente funciona! Eu, que nunca tive mãos firmes, agora consigo tirar algumas fotos que antes não conseguia! Fotos em ambientes com pouca luz, e sem flash!
Mas como isso funciona?
Exitem 2 tipos, basicamente nas Sony, o sistema é instalado no sensor da câmera. Nas Canon, Nikon, e outras, é implementado diretamente na objetiva. Vou explicar o sistema da Canon.
Uma objetiva de câmera é composta por diversas lentes, numa câmera com establizador de imagem, existem sensores (piezoelétricos) que analizam a vibração da câmera. Através da análise, pequenos motores instalados dentro da objetiva movimentam uma ou mais lentes de forma que esta vibração seja anulada. Parece uma coisa de outro mundo! E é!!! Veja abaixo:
Foto com o IS (Image Stabilizer) Ligado

Foto com o IS (Image Stabilizer) Desligado
Claro que a mão do fotógrafo também faz diferença, de nada adianta você estar balançando a câmera como se estivesse montado em uma britadeira! Mas, após uma vez, você não quer mais sem. Ainda mais em câmeras com grande zoom.

Voltando à câmera!

Poxa... mas comprei essa baita câmera, cheia de controles e menus novos, pra não usá-los?
Hora de começar a pesquisar novamente.
Minha preferência sempre foi o Digiforum, desde a época da W-50, fiquei um tempão sem acesar, mas voltei com a SX-10.
Hora de reaprender! Uma lista de coisas que eu não sei pra que servem, siglas que não me dizem nada, vamos fazer uma lista:

- ISO
- Tempo de exposição
- Abertura de diafragma (diafragma?)
- DOF
- Comprimento focal
- Balanço de branco
- Métodos de medição de foco e luz
- E outras coisas mais...

Bom... tem muito assunto pela frente... aguardem os próximos capítulos!